terça-feira, 11 de novembro de 2008

Amigos...

Se tem uma série que é diversão garantida para mim, é Friends. Ok, já ouvi as piadas umas 5 vezes antes. mas, por alguma razão, elas nunca perdem a graça. E a coisa que eu mais gosto é que nenhum deles é um indivíduo com características raras. É a amizade de seis pessoas tão diferentes entre si que dá aquele gostinho reconfortante e original à série. Genial.
O espisódio de hoje era sobre o casamento de Ross e Emily, aquela inglesa. A propósito, achei muito bobo o que fizeram para se livrar dela. Mas enfim, o que quero discutir aqui diz respeito à relação de Ross e Rachel.
Quando eu era menor, achava que ter um namorado era a coisa mais simples do mundo. Afinal, meus melhores amigos eram meninos. Sempre me dei melhor com eles. Eles são tão simples! Fale do seu jogo preferido, demonstre algum tipo de conhecimento um pouco mais aprofundado sobre ele e pronto: admiradores por todos os lados. E que negócio é esse de ciúme? Quando eu crescer vou ter muitos namorados e eles que façam o que quiserem! Tolinha...
O problema é quando a gente cresce... os interesses divergem...
Claro, os seios crescem e isso ajuda bastante na hora de chamar a atenção deles. Mantê-la já é outra hitória.
O pior de tudo (ou melhor) é quando tem um namorado na jogada e a gente descobre que mudou. De repente, falar de coisas tipo religião, política, problemas sociais e desenhos da Disney parece super banal. Inútil. Daí você começa a jogar um jogo com ele na internet. Um rpg sem fim. Também cansa. A seguir, a sensualidade aflora. Beijinhos, beijinhos tudo bem, tudo ótimo! Mas não dá para manter a lua-de-mel para sempre...
É uma pena que relacionamentos se desgastem. Ter alguém em quem confiar, um apoio, é bárbaro. Mas não é o bastante. Daí briga, termina. Fica de mal. Faz ciuminho. Bate aquela vontade e... volta. Vamos fazer diferente dessa vez... vamos viajar! Mas não adianta, não deu certo... Por que as pessoas fazem isso?
Por que quando um relacionamento termina a gente olha para trás e pensa que foi tão maravilhoso, que saudade, quanto tempo, vamos sair um dia desses?
Por que dá ciúme de ver o outro de namorada nova? Ele não foi descartado? Graças a Deus, outra vai ter que lidar com as manias irritantes dele! Por que nunca pensamos assim?
Cio, zelo, ciúme. Como será que os hippies lidavam com o ciúme? Amor livre, ah tá.
A propósito, tô solteira.

domingo, 9 de novembro de 2008

Post mortem

Resolvi colocar meu nome no google para ver no que dava. Lógico, no topo da página estava esse blog. Nenhum admirador secreto com tendências psicopatas... que decepção!

Comecei a ler os posts do ano passado. É um trabalho de história. O melhor trabalho que já fiz. O que deu mais trabalho. O que me trouxe as melhores conclusões... Como alguém já disse: "O único lugar em que sucesso vem antes de trabalho é o dicionário".

E agora, aqui estou, a menos de dois meses do vestibular. Minha mãe não pára de dizer para eu estudar. E tudo o que eu consigo pensar é em como minha vida está vazia.

Não estou na moda, não vejo House, não sei dançar funk (embora não pareça muito difícil, se balançar bem qualquer coisa entre as coxas e o pescoço você está apta), não tenho ficantes, não sei fazer maquiagem (sei enfiar o aplicador de rímel no olho. Não tentem imitar, dói muito). Nem tenho um cachorro!

Tenho, sim, convicções muuito abaladas. Demais. É aquela coisa: você vai crescendo e vai conhecendo o mundo, vai vendo os podres por trás de todos aqueles anúncios maravilhosos de residenciais com SPA, uma extensa área verde onde seus filhos podem brincar enquanto você relaxa na piscina ou curte uma massagem ou passa momentos maravilhosos com seus amigos no espaço gourmet.

Tô falando da guria de 11 anos que pega um livro de ficção-histórica efica aterrorizada com o que era a Idade Média. A de verdade. Cadê a princesa perfeita e o príncipe gostoso? Acorda, ninguém tomava banho naquela época! Fico admirada de pensar como é que conseguiram ter filhos. Mas tiveram. Parêntesis

Às vezes eu olho para trás e fico impressionada com a minha ingenuidade. Pensar que a guerra, nessa época, consistia em soldados (bem-treinados e com pelo menos 15 anos) que se encontravam num campo de batalha demarcado. Os vencedores anexavam a região e iam embora, ou então ficavam e se mesclavam harmoniosamente à região conquistada. Quando comecei a ler a respeito é que entendi, de verdade, o que é uma guerra. O que é um estupro. E morri de raiva dos homens, esses bárbaros que não entendem a paz. É claro que estava me referindo só ao sexo masculino.

Virei feminista radical com 13 anos. Até que aconteceu uma coisa. Não, eu não me apaixonei. Uma amiga minha, que, sem querer ofender, sempre pensei que fosse muito criança, me disse algo muito além da minha suposta sabedoria. Ela disse que sim, houve muita injustiça com as mulheres e continua havendo. Mas nem todos os homens são machistas ou aproveitadores.

Nem anjo, nem monstro. É com isso que eu conto quando vou dormir, todas as noites. Bom, eu sei de uma coisa agora: prefiro Rousseau a Hobbes.

Parêntese 1: Por que filmes tem classificação por faixa etária e livros não?
Parêntese 2: Adoro essa pintura. As duas irmãs, de Renoir (1889)